• Infraestrutura como paisagem cotidiana: um olhar entre baixios e viadutos da Praça da Bandeira, Rio de janeiro. retornar à pesquisa
  • Autor Giulia Ana Leite Lauriano
  • Ano 2021/1
  • Localização -22.910621, -43.20959
  • Resumo

    A narrativa começa entre os nós das superfícies dos viadutos formadores da paisagem de um dos maiores encontros de distribuição viária do município do Rio de Janeiro: o Trevo das Forças Armadas, marco no atravessamento dos bairros da Praça da Bandeira, Estácio e Cidade Nova. No encontro e desencontro dos corpos que o experienciam enquanto prática cotidiana, existe um interstício urbano que cria espaço nos intervalos do movimento, reconhecendo o corpo como unidade que faz do espaço um corpo, ao percorrê-lo. Questionando a existência desse objeto como dispositivo dos sistemas estruturais de transporte, especula-se a possibilidade de transgredir seu caráter monofuncional de mobilidade agindo como vetor de urbanidade. A discussão desenvolve a compreensão das camadas compositivas da região em um palimpsesto de sistemas urbanos, propondo um elo entre projeto infra-estrutural e arquitetura, evocando a tectônica a partir da influência construtiva da estrutura pré-existente. O projeto surge na intervenção dos espaços residuais, subprodutos da implantação dessas infraestruturas, que na tentativa de otimizar a mobilidade na escala global da cidade, induzem a segregação socioespacial em escala local. Por meio de ações projetivas como pendurar, atravessar e apoiar, são propostas estruturas de suporte que facilitem a permanência e usos, fomentando a cultura local.


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