Nesta última etapa Trabalho Final, de acordo com a demanda da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, deve-se seguir pelo menos um eixo temático previamente disposto pela coordenação, sendo eles: Projetual, Teórico e Experimental. Aqui se seguirá principalmente o último deles. Através de métodos de análise como levantamentos morfológicos, visitação da área em questão, levantamento histórico, estudo de fluxos, levantamento do uso o solo e de usuários, entre outros foi gerado uma problematização em escala urbana, que no TFG1 resultou em um plano de reestruturação de uma das principais áreas presentes no Centro de Niterói. Segue-se então para a concretização deste plano, visando a constituição espacial de um cenário urbano democrático e definido pela ocupação saudável do espaço público. Niterói é meu ponto de partida. São 24 anos vivendo a cidade e 6 desses anos a observando como futuro arquiteto e urbanista, aplicando a todo instante os conceitos aprendidos na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pela primeira vez nesse tempo tenho a chance de aprofundar esse olhar e apresentar um produto resultado de tantas experiências e divagações. A área estudada neste trabalho abrange parte do percurso de todos que já passaram por Niterói alguma vez na vida. E ainda sim é inexistente para a maioria. A observei curioso durante esses últimos anos, da janela do carro ou ônibus. Ironicamente, nunca a visitei a pé até o início deste trabalho, e somente este fato já induz grande parte da problematização que aqui será abordada. Na primeira etapa do trabalho a metodologia foi estabelecida através do estudo de um território. Disparadores levaram o autor a decidir sua área de intervenção e após esta indagação da escolha do lugar, foi feito um entendimento histórico de sua área, como ela nasce, se edifica, se modifica e se estabelece como um vazio urbano. Após essa etapa, foi proposto um método de análise territorial que permitiu estender tais indagações a um quadro de problemáticas e ações, formando diretrizes para que a partir daí sejam traçados rabiscos iniciais do que virá a ser um cenário de reestruturação urbana. Três escalas principais serão abordadas até o final do trabalho. A primeira segue uma perspectiva de cidade e engloba conceitos gerais acerca de integração entre bairros, mobilidade urbana e meio ambiente. A segunda se aproxima do bairro, onde a área de intervenção se encontra mais definida. Esta permitirá o entendimento das principais diretrizes projetuais. A terceira escala se aproxima do pedestre e abrange conceitos mais espaciais e métricos, permitindo uma visão mais construtiva. A soma dessas escala é o produto final esperado ao fim de toda essa indagação, um cenário urbano para uma enseada esquecida.