O presente trabalho busca fazer uma análise racial, ambiental e social no entorno do Aterro Sanitário Metropolitano do Rio de Janeiro, localizado no sub-bairro de Jardim Gramacho, município de Duque de Caxias. A área de estudo possui conflitos ambientais e sociais intensificados pela presença do aterro e a intenção é utilizar o racismo ambiental como uma lente teórica para entender a situação naquele lugar. Áreas periféricas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro possuem carências, altos índices de pobreza e vulnerabilidade, além de falta de estrutura urbana, são áreas que estão em constante desvantagens em relação à outras áreas, pois os danos sociais, ambientais são distribuídos de maneira desigual e desproporcional entre a população. E o racismo ambiental tem como base a segregação, onde uma parcela da população, que é composta por pessoas pretas e pobres, sofrem cotidianamente por atos e escolhas de pessoas que estão de posse do privilégio, pois a classe dominante se apossou de toda vantagem, econômica, social para conseguir manter no topo de quem usufrui, lucra e descarta.