O presente trabalho visa a preservação e restauração do edifício histórico conhecido popularmente como antigo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social do Estado da Guanabara) e a manutenção deste como Lugar de Memória; entendendo a memória evocada por este espaço como dolorosa e que por este motivo tende a ser silenciada. Entretanto, o seu silenciamento pode provocar um esquecimento. Apesar de seu tombamento em 1987 - onde o INEPAC o configura como “um marco e testemunho histórico das lutas populares pela conquista de liberdade e lugar de memória dos que ali foram torturados pela defesa de suas idéias políticas” (INEPAC, s/d) - o edifício está sob comando da Polícia Civil, sendo sede do Museu da Polícia Civil e sucumbe ao tempo, apresentando riscos de desabamento. É neste momento de nossa história, após apenas 36 anos do fim da ditadura, que vemos novamente o levante a símbolos ditatoriais, o retorno de políticas que flertam com a ditadura e, também, a exaltação de reconhecidos ditadores. Por crer que a frase “um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la”(Edmund Blurke, s/d) é real, é que o presente trabalho se desdobra sobre a restauração e adaptação de uso do antigo DOPS. cenário de desigualdades e exclusões sociais do Brasil, e em especial, ao da cidade do Rio de Janeiro.