Este trabalho de pesquisa teórico busca compreender as possibilidades de atuação social e política do profissional de arquitetura e urbanismo, através da assessoria técnica e de metodologias participativas, em territórios autoconstruídos, como o objeto de análise, um loteamento irregular. O grande déficit habitacional, que inclui também a inadequação habitacional, a expansão de áreas autoconstruídas e a não relação do arquiteto e urbanista com a população de baixa renda apesar das leis e programas vigentes mostram o quanto o problema habitacional ainda é grave. Logo, o objetivo geral é demonstrar os benefícios da atuação profissional com a população de baixa renda, em áreas com habitações populares. A metodologia utilizada buscou em referências teóricas e práticas, em dados e na legislação, entender o que já havia sendo realizado. Em seguida, com o estudo de campo, entender o contexto local. E por fim, através de levantamentos, questionários e entrevistas, encontrar a relação entre o que foi levantado e o que de fato ocorria no local. Chega-se à conclusão que uma atuação não apenas técnica é possível e necessária, através de uma relação não hierarquizada, em conjunto com as instituições acadêmicas e instâncias governamentais. E que conquistas para a população, como seu protagonismo no processo construtivo, se dá através de informação e mobilização.