• Autor Rodrigo Vieira Delfino
  • Ano 2020/1
  • Localização -22.903361, -43.185258
  • Resumo

    Os ciclos de renovação do Centro do Rio de Janeiro, buscando adaptar sua forma-aparência a novas formas-conteúdo, são historicamente acompanhados de processos de destruição “criativa”. Avenida Rio Branco, Morro do Castelo, de Santo Antônio, Avenida Presidente Vargas, Porto Maravilha. No caminho para os novos projetos de cidade está a cidade real, histórica, “obsoleta” e habitada pelos mais vulneráveis. Sobre seus escombros, tenta-se construir, a partir dos investimentos públicos, novas utopias do mercado imobiliário. Assim, o antigo espaço urbano popular e culturalmente rico deu lugar a projetos inconclusos e descaracterizados pelo tempo, boicotados pelas próprias dinâmicas urbanas que os impulsionaram. A cada nova empreitada, o Centro foi se tornando gradativamente uma área privilegiada para usos comerciais, de serviço e institucionais ao preço da destruição de quarteirões majoritariamente ocupados pelas classes mais baixas. A partir do entendimento do impacto do projeto urbano da Avenida Presidente Vargas no território e de sua complexidade, pretende-se elaborar um contraprojeto de reanimação capaz de trazer de volta o uso residencial ao Centro da cidade e resgatar o caráter lúdico de seu espaço urbano. Este trabalho final apoia-se no conceito de utopia experimental de Henri Lefebvre, em que a utopia, apoiada na prática, é uma forma de crítica. Sonha-se o futuro para disputar o presente.


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