• Dissolvendo Fronteiras da Loucura - Requalificação de área de Valor Patrimonial no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira retornar à pesquisa
  • Autor Julia de Assunção Valente
  • Ano 2020/4
  • Localização -22.901915, -43.301194
  • Resumo

    Ao longo da história, surgiram diversas visões sobre o que caracteriza a loucura e o que ela significa. De certa forma, pode-se traçar paralelos entre a loucura e a arte ao se considerar que na última, a percepção exata dá lugar ao aspecto interpretativo e subjetivo. Nesse sentido, experiências realizadas no atravessamento entre ambas tiveram destaque na primeira metade do século XX, como formas alternativas de tratamento. No Brasil, com a psiquiatra Nise da Silveira, a prática artística foi explorada como possibilidade de expressão dos pacientes do Hospital de Pedro II. Assim, é preciso destacar o papel desse lugar, hoje Instituto Municipal Nise da Silveira, e dessas práticas como pontos de referência para as transformações em saúde mental. O reconhecimento de seus valores e singularidades é atravessado por vários aspectos: a importância como lugar de memória da loucura e das práticas psiquiátricas; como parte da história do bairro e mesmo do subúrbio carioca; suas qualidades paisagísticas, como um dos maiores e últimos espaços verdes preservados da região. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta de requalificação do lugar – master plan com intervenções paisagísticas e arquitetônicas propondo novos usos - para a consolidação de um parque urbano no Engenho de Dentro, capaz de aproximar moradores do antigo espaço manicomial e de contribuir para a construção da memória. Como recorte de projeto a ser aprofundado, propõe-se a requalificação do núcleo de edificações remanescentes da Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro, parte importante da história do instituto.


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