É evidente a importância de espaços culturais para as cidades e seus habitantes principalmente nas áreas periféricas onde os recursos e investimentos são escassos. Esses espaços culturais são de estrema importância no contexto atual de uma cidade como Nova Iguaçu onde a população principalmente os jovens que são o segmento mais expressivo da região estão em situação marginalizada e não se sentem como parte atuante do espaço social. A partir da elaboração desses espaços culturais novas perspectivas são criadas e esses jovens passam a se sentir participantes da esfera social local. Assim não só a arte e cultura local passam a ser potencializadas como se promove o sentimento de pertencimento e a identificação desses jovens com a cidade. Nesse contexto desenvolveu-se a proposta da “Fábrica cultural de Nova Iguaçu” um projeto de um espaço de produção e apresentação cultural que busca dar suporte aos grupos culturais existentes na cidade e potencializar as atividades e eventos que esses grupos já desenvolvem. Esse espaço surge inicialmente pela busca de suprir as necessidades e demandas dos principais grupos encontrados na pesquisa realizada na primeira etapa de desenvolvimento desse trabalho ( dança, música, teatro e produção audiovisual), mas também, além disso, surge da vontade de criar um projeto que posso pensar, sobretudo, nas novas demandas espaciais que surgiram com a Covid 19 e na necessidade de espaços que possam ser adaptados e flexíveis de acordo com a demanda. Nesse sentido o edifício proposto teve como base 3 parâmetros fundamentais de concepção projetual: o programa, o contexto urbano e as novas demandas que surgiram com a pandemia da Covid 19. O que se buscou com o projeto foi pensar em espaços que pudessem ser expandidos ou retraídos de acordo com as demandas atuais e aquelas que possam surgir ao longo da vida útil da edificação. Além disso, a fachada adotada é permeável e permite uma dinâmica de aberturas ou fechamentos sem bloquear a ventilação natural.