Apesar de ser um esporte predominantemente elitizado, o surfe apresenta, assim como outros esportes, um grande potencial de inclusão social e vem sendo utilizado no Brasil e no mundo como ferramenta de desenvolvimento físico, psicológico e educacional para crianças e adolescentes. Entendendo essa demanda e suas possibilidades, o projeto de arquitetura é pensado para a instituição já existente: CADES ( Centro de aprendizagem e desenvolvimento de surfe), que apresenta um projeto social amplo, potente e funciona também como ONG multidisciplinar com diferentes atendimentos sociais, tanto no esporte como no acompanhamento da saúde, educação e incentivos culturais. A proposta busca potencializar a democratização do esporte, ampliar e qualificar as atividades oferecidas pelo CADES, através de uma infraestrutura física que atenda esse objetivo e incorporar a valorização da natureza intrínseca ao surfe, por uma arquitetura sustentável educacional. Além disso, tornar o centro uma referência no Rio de Janeiro para o treinamento e desenvolvimento do esporte no Recreio dos Bandeirantes, conhecido como bairro do surfe. O local que recebe o projeto é de suma importância, representa o encontro de diferentes comunidades com o ambiente democrático da praia e também é entendido como detentor de grande potência e demanda. A praça do Pontal Tim Maia, ao lado do terreno, hoje muito abandonada é abraçada pelo projeto, de maneira a reestruturar e valorizar o espaço público.