Sendo a primeira infância a fase mais intensa do desenvolvimento cognitivo, é fundamental que sejam oportunizadas uma variedade de possibilidades educativas no espaço, incluindo não somente os espaços edificados, mas também os espaços livres, inclusive aqueles além dos muros do ambiente escolar. O contexto atual de isolamento durante a pandemia ressalta a importância dos espaços da escola e da cidade para o desenvolvimento infantil. Reclusas em suas casas, em espaços muitas vezes subdimensionados e restritosmuitas criançasforamprivadas do convívio e socialização umas com as outras e de diversas brincadeiras. Reconhecendo, portanto, o potencial educador da cidade e da arquitetura como ferramenta de estímulo à curiosidade e aprendizado, o trabalho se desenvolve no bairro do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. O bairro não possui instituições públicas de educação infantil e carece de espaços livres que sejam agradáveis às crianças. O objetivo deste trabalho foi de projetar uma escola de educação infantil pública (de 6 meses a 5 anos e 11 meses), que valorize o contato com a natureza e extrapolasse os limites do lote, se conectando aos espaços livres existentes, propostos e ao contexto do bairro. Através das proposições, dasrevitalizações, das parcerias e da ludicidade tornar o bairro amigável às crianças.