Resumo
Há muitos anos a TV globo domina o setor da tv aberta, além de ter criado clássicos da televisão que são relembrado por gerações a empresa se mantém em constante movimento, criando novos conteúdos todos os dias e apostando em programas mais interativos e no serviço de streaming.
Todas essas produções que vão ao ar envolvem vários setores diferentes de criação e produção e o resultado desse trabalho em conjunto são materiais de qualidade. Muitas vezes após um programa ser finalizado todo esse material vai para a armazenagem dos estúdios, esperando para ser reutilizado ou até mesmo descartado. Pensando em todo esse potencial desperdiçado e na grande curiosidade do público em relação a tudo que acontece no mundo da televisão, foi criado o projeto do museu dos bastidores dos estúdios Globo, um lugar onde vamos conseguir trazer uma experiência dos bastidores da televisão para o usuário da forma mais interativa e intrigante e também vamos conseguir dar um bom destino a todo um material que seria descartado e agora poderá ser exposto para o grande público.
Outro fator importante na decisão de se criar um museu de algo dinâmico como a televisão é que pelo fato de estar criando novos conteúdos todos os dias o acervo e exposição do museu também permanecem em constante movimento.
O museu ficará localizado em um terreno não utilizado no PROJAC , local onde é produzido todo conteúdo de teledramaturgia da Globo. O terreno foi escolhido pois é um muito grande e não é utilizado pela empresa, fica próximo ao local onde são construídas as cidades cenográficas, as quais não podem ficar próximas a rua devido ao grande barulho que poderia atrapalhar as gravações.
Também é um local de acesso facilitado, por ficar em uma rua importante da cidade que é a estrada dos Bandeirantes, onde chegam várias vias importantes da cidade e meios de transporte público como o BRT.
Outro fator é a facilidade que teríamos de usar estruturas pertencentes ao projac, como áreas de armazenagem e logística existentes além de muitas áreas de apoio ao funcionário como restaurantes, centros médicos e administrativas.
Contudo o principal motivo da escolha do local é o fato do PROJAC ser um símbolo da televisão brasileira, o público associa o local a produção de conteúdo para televisão e esse fator melhora a experiência do usuário.
O prédio foi criado inspirado em estruturas utilizadas para as gravações, os estúdios e cidades cenográficas, tentando se aproximar ao máximo da realidade para dar a maior experiência possível ao usuário mas também adaptando o lugar funcional de gravação para uma área expositiva interativa.
O projeto foi feito para ser todo voltado para si, um dos objetivos é para que quando o visitante entre no museu ele consiga se sentir em um local a parte da realidade, lúdico e que esse ambiente do museu possa realmente se diferenciar do mundo real do cotidiano e entre na fantasia de quando assistimos a um programa de televisão.
Outro objetivo é que o usuário tenha surpresas durante o percurso, por isso o prédio não entrega o que tem no seu interior pela fachada. Além disso para recriar um ambiente de estúdio é preciso manter a luz natural de fora, não permitindo criar aberturas na fachada principal do prédio.
O prédio é formado por seis blocos de diferentes tamanhos e a implantação deles foi criada de modo que na parte externa o projeto consiga, com seus ângulos, criar uma fachada dinâmica, mesmo com seus 230 metros lineares, e internamente consegue acomodar espaços ideais para a construção das três diferentes cidades cenográficas.
A implantação do museu é feita de forma que a sua própria estrutura proteja seu interior, não havendo a necessidade de muros no seu entorno, isso cria um ambiente para cidade muito mais agradável do que o atual, pois será mais amplo e arborizado, trazendo muito mais qualidade para o caminhar de visitantes e pedestres. O fato de não ter muros também contrapõe o prédio com o entorno, que embora também tenha grandes construções, como fábricas e até o próprio projac, todas ficam escondidas atrás de seus muros, nenhuma se abre para o público com o museu, tornando o caminhar no restante da rua monótono, diferente da proposta da nova construção que trará qualidade ao caminho do pedestre.
O projeto funciona como um galpão decorado, com uma arquitetura simples e uma fachada externa ornamentada, o seu exterior não entrega em nada o que está por vir no interior, ele apresenta apenas grandes telões de LED que funcionam como uma ‘propaganda’ interativa do que vamos encontrar no seu interior. Os telões fazem a composição da fachada juntamente com grandes estruturas de aço perfurado que além de compor a fachada também são utilizadas para camuflar as portas de entrada das peças de exposição para serem montadas e que também funcionam como saída de emergência.
Os seis blocos são divididos funcionalmente, temos o bloco de recepção, onde o público compra as entradas e inicia a visitação, os outros cinco blocos são expositivos, divididos por tipologia de programa, temos: Dois blocos para dramaturgia, um contém exposição de objetos cenográficos e figurinos e o outro sets de cenários montados, esse segundo vai contar com um mezanino, onde o visitante poderá ter outra perspectiva dos cenários e também entender um pouco mais sobre a sua estrutura. A seguir temos o bloco que é dividido entre o jornalismo e o esporte, com os cenários e objetos mais importantes de ambos. Temos também o bloco dos shows, onde vemos cenários de programas de auditório e dos programas diários, nesse bloco existe uma área reservada onde ocorre uma simulação do programa THE VOICE BRASIL, em que o visitante pode participar de ações interativas. A última área de exposição será um demonstração dos bastidores, para que o público possa ver como é criado tudo que é visto na TV e também que viu durante o todo o percurso museográfico. Essa área é criada também para dar mais visibilidade aos profissionais que não ficam em frente às câmeras mas que são essenciais para a realização de todo o conteúdo.
O único bloco que se diferencia dos outros é o da dispersão, onde ocorre a entrada e saída do público, o mesmo é permeável, um contraponto com todo o restante da fachada, e possui uma grande cobertura que funciona como área coletora que atrai o público, também é um local onde as pessoas podem ficar aguardando sem necessariamente estar dentro do prédio.
A área da recepção é um grande galpão onde acontece a entrada e saída do público, também a bilheteria onde serão vendida as entradas, poderá abrigar exposições temporárias que poderá ser vista sem a necessidade do ingresso, serão exposições que aguce a curiosidade do público a conhecer o que mais está por vir no interior do museu.
Em anexo a entrada nós teremos um café, que ficará em um local estratégico para funcionar de ponto de encontro e permanência para o público que estiver entrando ou saindo do museu, esse café também poderá ser visitado por pessoas que não tem interesse em visitar o museu.
Outro componente do museu são as cidades cenográficas, a área que se encontra no exterior foi dividida em três tipologias de cidade, sendo elas: antiga, fictícia e favela atual, possibilitando que o usuário transita em ambiente bem distintos. Diferente de uma cidade cenográfica original a cidade do museu terá atividades acontecendo no interior de todos os seus prédios e essas atividades vão se relacionar com as tipologias apresentadas na cidade, porém adaptadas para o uso do museu.
O museu será todo circundado por corredores de serviço em suas laterais que vão facilitar a passagem dos funcionários sem que isso atrapalhe a experiência do público, além de facilitar a manutenção e o acesso a áreas técnicas por parte dos funcionários.
Durante todo o percurso o museu adota um caráter comercial com atividades extras e interativas que podem ser pagas à parte além de caminhos que façam com que o visitante passe por lojas e áreas comerciais. Essa postura comercial adotada por diversos locais de visitação do público é importante para a viabilização do negócio.
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