Resumo
A região central da cidade de Niterói sofreu um processo de constante esvaziamento ao longo de sua história, resultando em uma redução drástica no número de moradores e na degradação do patrimônio histórico. Seguindo o mesmo processo que ocorreu no Centro do Rio e São Paulo. Devido a essa situação, encontramos inúmeros imóveis desocupados, além da subutilização da infraestrutura e do transporte público, consequência do espraiamento da densidade populacional das áreas centrais para outras regiões. O trabalho tratará da reabilitação de um edifício ocioso localizado no centro de Niterói, com o objetivo de transformá-lo em uso misto, com habitação de interesse social e uso comercial. Esse Edifício da década de 60 está abandonado há 54 anos e nunca funcionou comercialmente, atualmente encontra-se fechado. Segundo a Constituição Brasileira, toda propriedade urbana e rural deve exercer sua função social, e isso decorre do direito à moradia, também assistido por Lei. Em meio a todas essas diretrizes, é inaceitável manter esse patrimônio construído à espera da viabilização do mercado, ao invés de investir na sua utilização para fins habitacionais. Diante desse quadro, o presente trabalho procura desenvolver uma proposta de reabilitação, com o desenvolvimento de um projeto para a sua requalificação e ocupação, gerando um novo uso e atividade, a fim de resgatar a dinâmica urbana. Pretende-se dessa maneira, propor a reabilitação de edifícios abandonados como instrumento de retomada do uso habitacional nas áreas centrais, com enfoque na revitalização da região e, principalmente na redução da segregação sócio-espacial que assola as grandes cidades. Dessa forma, o programa foi distribuído da seguinte maneira: no térreo do Edifício fica o acesso da torre habitacional e comercial, que utiliza as caixas de elevadores e escadas. O Térreo fica restrito a atividades comerciais. Do primeiro pavimento ao terceiro, ficam reservados para a área comercial e serviços. Os blocos acima serão destinados aos apartamentos habitacionais até o 13º pavimento, onde por fim ficará o pavimento de uso comum dos moradores, com salas multi-uso e recreação. Na cobertura ficará o pavimento técnico e terraço jardim.
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