O projeto é um complexo modular que atravessa a linha férrea na Estação do Méier, criando uma praça elevada com diversos pontos de atração para os usuários em diferentes fases de desenvolvimento. O projeto tem uma predefinição de população usuária - a infância e a juventude - por perceber a negligência do poder público para com esse grupo: as crianças não são consideradas como usuários ativos e participativos da cidade a não ser em espaços especificamente destinados à elas, como parques e áreas recreacionistas. A decisão de intervir sobre uma linha férrea se deu por entender esses territórios como um solo até então infértil para projetos e um grande obstáculo, não só de travessia, mas também de comunicação, entre os dois lados de um bairro. A escolha do Méier como local de aplicação do projeto foi pensada por se tratar de um bairro com grande importância na Zona Norte do Rio de Janeiro, com comércio e serviços abundantes e pela seu caráter central que facilita atender diversos outros bairros da cidade. Além disso, essa nova infraestrutura traria vitalidade para a praça Jardim do Méier, modesta área verde da região com grande potencial para agregar ao projeto.Este complexo aporta na região em uma construção racionalizada e sustentável, apostando em diferentes fontes de energia e aproveitamento de água de chuva. Devolver o espaço da cidade para a criança, conectar o bairro do Méier e transformar o caminho ou atalho, no destino e atração principal, são os objetivos desta praçarela.