A acessibilidade é vista como um fator limitante e determinante da sociedade. As pessoas com deficiência precisam enfrentar o estigma de serem vistos como inválidos, batalhando arduamente para superar as barreiras sociais e literais das cidades. Acessibilidade não é democrática. É privilégio. Ela, que não deve ser estudada e aplicada somente para responder demandas dos extremos da deficiência - já insatisfatórias -, tem também a tarefa de considerar o espectro entre a ausência dela e as situações limítrofes. A sociedade é composta de especificidades dentro do limiar. Acessibilidade abrange mais do que extremos. Este manual de boas práticas busca ressaltar o papel do arquiteto dentro das discussões de acessibilidade, tecnologia assistiva e desenvolvimento de projeto pensando no ciclo de vida humano, assim como sua evolução natural e pluralidade. Acessibilidade é conquistada. Através de revisão bibliográfica referente a acessibilidade, o idoso, o envelhecer, pesquisa iconográfica e de estudos de caso, esse guia crítico foi desenvolvido juntamente com cartilhas de sugestões práticas e pontos de análise com modelos comparativos entre os elementos construídos hoje e propostas onde o espectro da acessibilidade é contemplado, utilizando como parâmetros a NBR 9050, a aplicabilidade do desenho universal e a individualidade de cada demanda. Acessibilidade é para a todos.