• Autor Leticia Martins do Valle
  • Ano 2019/2
  • Tema(s)
  • Localização -22.81551, -43.300818
  • Resumo

    O presente trabalho está inserido na discussão de mobilidade e morfologia urbana da cidade do Rio de Janeiro, em específico das grandes infraestruturas de fluxo metropolitano, e em sua problemática acerca das diferentes relações de escala que seu contexto urbano abrange. A proposta é, portanto, realizar um estudo urbano que tem como foco de análise a Avenida Brasil e sua interação com a cidade a partir do traçado, tendo como premissa sua relevância para a mesma e seu caráter metropolitano. Para tal, o processo inicial do trabalho se dá na busca por uma compreensão da dinâmica de tal objeto utilizando de suporte teórico contemporâneo e contextualizado sobre metrópole, infraestruturas de conexão e tecido urbano. A Avenida Brasil é um dos principais articuladores de fluxo da conexão metropolitana do Rio de Janeiro, e em seus 58,5 quilômetros de extensão cruza com outras importantes infraestruturas de conexão da metrópole, no entanto, seu funcionamento é basicamente voltado para a macromobilidade e com grandes deficiências de micromobilidade. Como suporte para compreender a maneira como estas duas categorias podem interagir, Bernardo Secchi esclarece que “[...] um território pode apresentar-se fortemente hierarquizado em grande escala e substancialmente isotrópico em escala local, ou vice-versa[...]”. Desta forma, a grande problemática do estudo se dá em torno da situação urbana ambígua apresentada pela Avenida Brasil entre sua principal função de via expressa e de alta velocidade, e das conexões tranversais a esta que permitem certa porosidade com a metrópole, diferenciando-a assim de outros eixos viários existentes na cidade. A seleção, portanto, dos cruzamentos infraestruturais da Avenida Brasil não só é pela problemática do encontro dos sistemas centrípeto e centrífugo, mas também por ser o momento de maior oportunidade de transversalidade da avenida com possibilidade de construção nas margens da infraestrutura, o que permite realmente penetrar no território além de apenas atravessar. Sendo assim, a possibilidade de edificar nesses entroncamentos além de lidar com a interescalaridade dos diferentes sistemas e tecidos traz a oportunidade da existência de um programa que lide com todas essas escalas.


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