• Autor Matheus Gerhard Santos de Castro
  • Ano 2019/1
  • Localização -22.922611, -43.374806
  • Orientador Silvio Vilela Colin
  • Resumo

    O projeto do Centro Cultural da Taquara surgiu do desejo de criar um equipamento para o desenvolvimento de projetos culturais na zona oeste do Rio de Janeiro. Para tanto, propõe-se um centro cultural com teatro, sala de cinema, espaços de exposição, salas multiuso e espaços livres públicos para manifestações artísticas. A escassez de equipamentos culturais na região de Jacarepaguá, mais especicamente no sub-bairro da Taquara e adjacências como Curicica, Boiúna, Tanque, Praça Seca etc, somada aos problemas de mobilidade da cidade, faz que a maioria da população desses locais não tenha oportunidade de ir a um centro cultural para aproveitar uma peça, uma apresentação musical ou visitar uma galeria de arte com a frequência que gostaria. Além disso, muitos artistas e educadores locais acabam tendo que se deslocar para outras partes da cidade para que possam achar um espaço para se desenvolver tecnicamente, se inspirar ou simplesmente encontrar um local apropriado para se apresentar ao seu público. Dessa demanda, escolheu-se localizar o projeto no centro do bairro da Taquara, em um terreno de esquina entre a área comercial e a residencial, no meio de um uxo constante de pessoas durante todo o dia. O projeto do centro cultural pretende estimular o contexto no qual se insere, oferecendo equipamentos culturais e espaços públicos que permitam o desenvolvimento de diversos tipos de atividades artísticas nas suas dependências, simultaneamente. Os espaços abertos do projeto, como o an teatro e os terraços, funcionarão como locais de exposições abertas e para expressões artísticas espontâneas, bem como para outras atividades coletivas, quando necessário. Já nas partes internas do edifício serão abrigadas galerias de exposições ou acervos museológicos, salas multiuso para apresentações de menor porte, ensaios, aulas, desenvolvimento de obras etc. Em um dos blocos localiza-se uma sala de cinema e o maior volume construído será ocupado pelo teatro de palco italiano. Na concepção dos espaços buscou-se sempre a exibilidade e a “estrutura aberta”, garantindo a maior área livre nos espaços internos através da estrutura metálica, principalmente no bloco de planta livre do pavimento superior onde a estratégia da viga Vierendeel suprimiu a necessidade de pilares internos, tanto no bloco superior quanto nos inferiores. Entende-se o centro cultural como uma infraestrutura à disposição da comunidade no qual ele se insere, para a expansão de todos os tipos de arte. Grupos e movimentos artísticos usufruirão dos espaços para divulgar a sua arte, encontrar com seu público e aperfeiçoar sua técnica. A população local terá a oportunidade de experimentar a arte no dia a dia, se engajar em atividades culturais coletivas, aprender técnicas e conhecer a cultural local.


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