• Autor Julianna Queiroz de Mello Barreto
  • Ano 2019/1
  • Tema(s)
  • Localização -22.931107, -43.17739
  • Resumo

    O projeto proposto é de um edifício, que está proposto no Largo do Machado, na esquina da R. do Catete com a R. Machado de Assis. Ele tem como objetivo averiguar as possibilidades de se compor um edifício, no qual possa ser apresentada uma obra o mais aberta possível. Que seja composta de uma estrutura e de possibilidades infraestruturais, mas com os pavimentos em aberto para que possam ser compostos, tanto em termos de planta como em termos de fachada, pelos próprios usuários. Outro ponto que foi estudado também, é a possibilidade de uma garagem vertical, em função do terreno ser pequeno para a utilização de rampas como num estacionamento no subsolo por exemplo. O terreno se localiza na Zona Sul do Rio de Janeiro. É um terreno de esquina, um dos remanescentes das obras do metrô, de aproximadamente 600m2 que atualmente é uma ocupação provisória do Detran: liberação de documentos, ao lado do Edifício Comercial São Luiz que abriga também o cinema São Luiz. Está praticamente na frente do Largo do Machado. A ideia de se trabalhar com um edifício aberto veio de uma discussão anterior que é o que que é a arquitetura contemporânea hoje? Têm muitas propostas e muitas maneiras de ver. Nós procuramos um outro viés, que não se encaixasse dentro de uma estilística definida mas que pudesse estar transparecer essa abertura projetual que é buscada. E essa discussão se insere dentro de uma outra discussão sobre a própria cidade que é a relação entre a ordem e o caos. Existe uma teoria que procura defini-los melhor que é a teoria do Caórdico: O caos e a ordem são opostos. O caos é totalmente aberto e a ordem é totalmente pré-determinada e autoritária. E na verdade o meio do caminho seria lugar mais flexível onde a criatividade e a inovação ganhariam espaço. Na cidade essa mesma relação pode ser lida como a simplicidade da ordem das cidades modernistas e a complexidade do caos das cidades efervescentes como NY Delirante. Aonde o caminho do meio seriam projetos flexíveis das mais diversas formas, buscando harmonizar essa relação. Isso implica então de se colocar nesse lugar uma estrutura que permita esta ocupação vertical, mas que seja o mínimo. De modo que durante sua ocupação haja a possibilidade de composição de espaços. Uma estrutura aberta de ocupação livre. Ela em si não é uma estrutura tão diferente de uma estrutura comum. O que tem é que pelo conceito, ela será o limite de definição do projeto. Para fazer esta estrutura portante, foi utilizado um sistema de coordenação modular que resultou nesta malha de aproximadamente 6x6m. Dentro dessa malha partiram as estruturas funcionais, de uso do edifício. O posicionamento da estrutura de acordo com a malha de seu desta maneira, a estrutura é de concreto armado. O posicionamento da circulação vertical ficou encostado com a divisa do edifício mais alto. Os acessos que são dois acessos para duas ruas para que o edifício possa se integrar e permitir que através dele haja um fluxo de atravessamento entre as ruas de maneira que o térreo fique mais público. Para o pavimento tipo a circulação de dá no sentido do aproveitamento das fachadas. E visto o desafio de se construir uma garagem em um terreno pequeno foi proposta uma estrutura de estacionamento vertical de veículos independente fazendo divisa com a outra fachada porém recuada para que não se perca metro quadrado na fachada de maior movimento comercial, e também por ser uma rua mais calma, então o acesso de veículos se daria de forma menos conturbada. E essa mesma essência vai resultar tanto no ponto de vista interior, de composição dos pavimentos quanto no ponto de vista de fachada. Quando eu monto uma planta desta ou da outra maneira, isso estende até a superfície externa que deixa nítido. Não há expectativas além de se atender às regras de ocupação. O interessante justamente é a não imposição de um resultado. E sim a expressão individual de cada projeto, podendo mostrar sua variabilidade pra cidade. Então podem ter resultados por exemplo homogêneos, de um projeto copiando o outro. Quanto resultados um tanto quanto diferentes.


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