O projeto surge com a intenção de proteger e preservar o patrimônio que faz parte da história da construção de um país e de uma de suas primeiras e mais importantes cidades – Salvador. O objeto de estudo escolhido é conhecido popularmente como Casarão dos Azulejos Azuis. A referência à azulejaria mostra a importância das peças que revestem duas de suas três fachadas e que servem para identificar essa construção. O Casarão, construído no início do século XIX, foi tombado em 1969 pelo seu valor histórico, sendo considerado um dos mais significativos sobrados azulejados desta época e um dos poucos a ter sobrevivido às reformas urbanísticas e transformações da região. É considerado “o mais belo prédio azulejado da Bahia” (KNOFF,1986) e seu tombamento ocorreu após reivindicações por parte do então diretor do Iphan à época, temendo sua demolição.

O bairro do Comércio, onde está localizado o Casarão, faz parte do Centro Histórico de Salvador, e está próximo de pontos focais e turísticos da cidade como o Elevador Lacerda, O Mercado Modelo e o Pelourinho, além de estar em um dos principais acessos da cidade, o porto.

A proposta de um novo uso e a reabilitação do Casarão tem por objetivo, preservar e garantir a sua continuidade futura, além de dar a região um novo ponto de referência de cultura e lazer, e fazer com que se reconheça a importância, necessidade, viabilidade e a discussão em torno da preservação de edifícios e sítios históricos.