A Ponte Rio-Niterói é uma infraestrutura e dentro dessa infraestrutura a gente pode revelar um monumento que não está revelado. As infraestruturas devem melhorar os contextos sociais, servir a população local, ser economicamente interessante, resiliente e sustentável.

Com a construção de novas narrativas podemos ressignificar espaços, e até mesmo recriar imagens já consolidadas, assim como a que temos das infraestruturas (neste caso a Ponte Rio-Niterói), onde a monofuncionalidade e a banalidade cotidiana vazia de experiências públicas significativas, não nos permite enxergar suas potencialidades para além da utilitária. O projeto tem a ambição de revelar essas potencialidades de INFRAESTRUTURA, MONUMENTO e PAISAGEM.

Então através dessa megaestrutura (ponte) que atravessa Ilhas, Baía e Zona Portuária, lugares outrora embarreirados, isolados e insólitos, criamos 3 instalações estratégicas, que revelarão novas conexões ao usuário: ora ao MAR, ora ao AR e ora a TERRA. Sendo a Ponte a franqueadora desses novos acessos e experiências. As intervenções pretendem criar, novas experiência de uso que de forma sutil, o micro possa atingir e consumir o macro, mostrando novas possibilidade e provando como as infraestruturas urbanas e nesse caso a Ponte são mal exploradas.

Em suma o projeto tem a intenção de explorar de a Ponte como monumento não-natural e seu potencial paisagístico, com uma intervenção de mínimo gesto, mas grande ambição, uma intervenção por associação. A construção de uma narrativa que estimule um percurso e que muda a percepção do espaço. Com a capacidade de descobrir potencialidades, poetizar o espaço urbano ou até mesmo recuperar lugares.