Este trabalho analisa os problemas socioestruturais da antiga colônia Curupaiti, observa as relações configuradas por este exemplar e considera sua importância histórica e urbanística para o desenvolvimento da região da baixada de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Seguindo as recomendações de serem implantadas em áreas afastadas dos centros urbanos, as colônias de isolamento, acabaram sendo propulsoras da ocupação territorial, gerando dinâmicas distintas do restante da cidade, determinantes para a compreensão de problemáticas que atingem seu entorno até os dias atuais. Após a identificação destas questões, foi possível o sugerir intervenções que atendessem às necessidades do sítio e sujeitos envolvidos. O interesse principal é proporcionar uma melhor qualidade de vida aos ex-internos e familiares ainda estabelecidos nas dependências da antiga colônia, forma de reparo aos sofrimentos já vividos, decorrentes da política de isolamento compulsório, forma de tratamento da hanseníase adotada até a década de 1980. Objetiva-se promover a reintegração física-social deste local e pessoas, há décadas apartados das dinâmicas urbanas comuns ao restante da cidade. Propõe-se o desenvolvimento do "Parque Cidade", espaço transformador da paisagem, permitindo que o antigo local de isolamento se torne um espaço de integraçãoe conexão com a cidade, a fim de suprir demandas por habitação e áreas e equipamentos públicos, contribuir para o aumento da diversidade social, econômica, arquitetônica e urbanística da região e fomentar relações entre grupos heterogêneos.