Localizada na rua do Teatro, no Centro do Rio de Janeiro, a Escola de Permacultura surge como uma alternativa onde a sociedade pode viver em harmonia com a natureza em um meio urbano. A permacultura propõe consigo uma cultura da permanência, que pode ser entendida desde o manejo adequado da terra, as manifestações artísticas e culturais e também a arquitetura. Entender a arquitetura como um organismo vivo é essencial para compreender que um edifício possui ciclos que muitas vezes são negligenciados. É com este objetivo que a escola, através da permacultura urbana, busca uma aproximação do ser humano com o que ele produz, se alimenta e descarta. Onde os efluentes dos vasos sanitários são tratados por plantas que irão ajudar com suas folhas para o preparo do solo da horta, que é fertilizada com sobras de alimentos compostados, e o produto do plantio enfim, é usado no preparo de alimentos para o café, que mantêm parte da renda da escola. O edifício faz parte, então, de um ciclo fechado onde cada processo se complementa, reconectando o homem a terra, onde ele passa a conhecer cada uma dessas etapas e como intervir de forma benéfica. A escolha do local reflete o princípio da cultura da permanência, priorizando a utilização de uma ruína, como trechos da memória do lugar. Levando a Escola a ser não apenas um hiato verde na cidade, mas também um portal do tempo.