O trabalho tem por objetivo questionar a atual produção de habitação social no Brasil, sob o aspecto da inserção distante dos grandes centros urbanos e que são responsáveis por reforçar a necessidade de criação de nova infraestrutura, que em muitos locais já existe (como é o caso das regiões centrais de grandes centros urbanos), e que não é aproveitada como deveria. Diante disso, a Rua da Constituição foi a optada para o estudo, considerando suas particularidades e limitações, mas principalmente as qualidades de ambiência que este local pode propiciar. Dessa forma, o trabalho propõe a criação de unidades habitacionais em terreno não edificado, levando em consideração a demanda, a vocação da área e a infraestrutura presente, a fim de que a habitação, junto ao comércio seja um recurso que impulsione a vivência da área durante todos os horários do dia. As unidades habitacionais foram projetadas como resposta a uma demanda da população inscrita nos programas habitacionais da região central da cidade. Segundo dados publicados, grande parte dessa população têm entre 27 e 45 anos e 44% são solteiros. Com base nesses dados foram criadas tipologias menores e mais flexíveis. Outras características delas são: Possibilidades de alteração interna, núcleo úmido agrupado e modulado, criação de um esqueleto e possibilidade de ventilação cruzada Pensando na importância do pátio central como local de interação social e manutenção das estruturas sociais de vizinhança, mas também na diversidade de usos que esse local pode ter devido ao comércio alocado no térreo, foi proposto um mobiliário que pudesse atender não só aos moradores, mas a todos que transitam por esse espaço. Dessa forma, ele é capaz de se adequar aos diversos usos do espaço, sendo que sua modulação permite inúmeras possibilidades de uso que se adaptam a uma gama de situações urbanas, colaborando com a ampliação e requalificação dos espaços públicos.