O projeto se volta para as modificações espaciais, sobretudo as novas conexões de transporte decorrentes dos grandes eventos, geradas na cidade do Rio de Janeiro e considera a eleição de um local de confluências de ramais de trem intensificado pelos novos investimentos em transporte público – mais precisamente a estação de trem de Deodoro. Busca, ao apropriar-se da realidade posta, identificar tendências e possibilidades, e propor um plano estratégico faseado, antecipando o esvaziamento da função militar em pontos específicos, e objetivando o projeto de um embrião de centralidade, componente da primeira fase do plano, que conjugue diferentes forças e dinâmicas em um objeto arquitetônico que ignore os limites impostos por um lote e se exprima como extensão da cidade, funcionando como um ponto de mudança para a área. O novo embrião deverá ter a dimensão de um espaço público, pois é através deste que a resinificação do espaço urbano se dá. Assim sendo, o partido adotado considera a criação de uma cobertura habitada que comportará uso habitacional, administrativo e de serviços e, sob ela, se organizarão os fluxos ligados ao transporte, aliados ao uso comercial e cultural, em um grande espaço público coberto, promovendo a melhoria dos acessos aos modais de transporte, além da a conexão e melhor integração do Piscinão de Deodoro à Estação e ao Parque Radical, através de um novo percurso proposto.