• Autor Bianca Alves de Medeiros
  • Ano 2015/1
  • Localização -22.845421, -43.233899
  • Resumo

    O projeto do CGC UFRJ propõe a criação de um centro gerontológico (estudo do envelhecimento em todos os seus aspectos - biológicos, psicológicos, sociais entre outros) com terreno localizado na Ilha do Fundão, Cidade Universitária, que contará com um total de 74 quartos capazes de abrigar uma ou duas pessoas; infra estrutura para a prática de diversas atividades tanto motoras quanto sociais; auditório, refeitório, salão de festas, espaços de socialização ao ar livre; área de convivência; centro de estudos, entre outros itens. Assim, o Centro Gerontológico e de Convivência da UFRJ é diferente da maioria das instituições de longa permanência para idosos, existentes no Rio de Janeiro, em vários aspectos. Em primeiro lugar seu usuário não procura atendimento por estar com problemas de saúde, sem suporte social ou em situação financeira ruim como é de costume, mas sim por escolher fazer parte deste novo estilo de vida baseado nos conceitos do envelhecimento saudável que o ramo da gerontologia pode proporcionar-lhes, ou seja, este projeto irá romper com a imagem histórica de segregação do asilo e passará a se tornar uma saída, uma opção na vida dos idosos. Vale lembrar que esta nova instituição abrigará não só moradores como também frequentadores que não querem deixar de vez seus lares ou ainda estão em fase de adaptação. A escolha do terreno se desenvolveu por meio de dois eixos principais, o primeiro em função de uma rede de suporte profissional e de novos estudos que a Universidade poderá oferecer à instituição, dessa forma a edificação se integrará funcionalmente à diversos cursos assim como o Hospital Universitário (HU) cooperando na evolução da Gerontologia; o segundo é em função do Plano Diretor 2020 onde podemos perceber uma forte necessidade de ruptura com o sistema modernista instaurado no projeto inicial da Cidade Universitária que fragmenta os espaços da Ilha não permitindo nenhuma conexão e nem uma integração entre as construções e também não privilegia o pedestre e nem a vida social. A resposta para toda a problemática do terreno escolhido respeita o modelo moderno instaurado em seu entorno porém intervém no espaço urbano afim de proporcionar-lhe uma adequada requalificação de suas áreas livres e dos espaços residuais presentes no terreno. Dessa forma o planejamento com dimensões mais humanas e a implementação da diversidade de usos mais complexa e densa trazem para a Cidade Universitária a qualidade de rua que se pode verificar em bairros tradicionais e consolidados do Rio de Janeiro.


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