• Autor Debora Alves Rocha
  • Ano 2013/1
  • Resumo

    A Esplanada de Santo Antônio apresenta espaços isolados e o não reconhecimento do espaço público pertencente à Catedral Metropolitana de São Sebastião. O projeto consiste na junção de dois terrenos, onde trago a ideia do edifício misto como um grande catalisador da vida urbana num arrojo arquitetônico, abrigando diferentes funções. Aproprio-me da palavra fronteira e reestruturo a quadra pensando no espaço como um possível centro de fluxos entre o lado boêmio da Lapa com os grandes edifícios empresariais da Avenida República do Chile, reforçando conexões existentes que não são potencializadas devido aos atuais usos. Foi necessário pesquisar o que se mantém em funcionamento e o que pode ser colocado de novo dentro desse contexto (Lapa ? Centro) já consolidado. Estudando o entorno imediato verifiquei os diferentes usos, que dialogam com o programa escolhido. A configuração espacial faz com que a esquina entre a Rua do Lavradio e a Rua dos Arcos tenha forte conexão com o espaço público em frente ao CIEP, então resolvi abrir a quadra com uma praça e adicionar cultura e lazer. A outra extremidade é caracterizada pela música com a Fundição Progresso e o Circo Voador, deixando ao seu redor um aglomerado número de pessoas em horário noturno, o que torna interessante para o projeto ter um polo gastronômico terminando com uma pequena casa de show, fazendo uma possível ligação com a Rua Mem de Sá até o Aqueduto da lapa passando pela Rua dos Arcos, aproveitando a grande vivacidade que a Lapa oferece. A laje vem como elemento forte que serve como abrigo para o térreo e de onde emergem duas torres, um Centro Empresarial podendo vir a ter uma maior relação com a Avenida República do Chile e um Hotel que adiciona a ideia de suporte tanto para os grandes centros empresarias do entorno quanto ao turismo. No segundo pavimento encontramos uma escola de artes, apresentando ao usuário um grande espaço de exposição reforçando o programa artístico que envolve a Lapa. O trecho da Rua dos Arcos que futuramente servirá como servidão pública pelo Projeto de Alinhamento 11679, é incorporada ao projeto e marcada como memória do lugar, conduzindo o usuário a percorrer a quadra. A reestruturação dessa quadra que antes era usada somente como estacionamento, objetiva criar relações entre os usos e espaços públicos reforçando as conexões existentes, fazendo com que a quadra seja um centro de fluxos.


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