Resumo
Na década de 1970, foi inaugurado em Jardim Gramacho, Duque de Caxias, o maior aterro sanitário da América Latina. O bairro, então pouco habitado e próximo à Baía de Guanabara, atraiu centenas de pessoas em busca de trabalho, resultando em um crescimento desordenado. Décadas depois, a região, antes rica em flora e fauna, tornou-se contaminada. O aterro foi fechado após mais de 30 anos devido a questões ambientais críticas. Porém, o encerramento ocorreu sem suporte adequado à população local, e os catadores perderam sua principal fonte de renda. Propostas de urbanização para transformar Jardim Gramacho em um bairro modelo não foram concretizadas. Mais de 10 anos após o fechamento do aterro, milhares de pessoas vivem em condições precárias, dependendo da reciclagem e de depósitos clandestinos para sobreviver. A área divide-se entre uma parte com infraestrutura básica e outra sem água encanada, iluminação, asfalto ou esgoto, onde famílias vivem em barracos improvisados. Diante desse cenário, este trabalho propõe novas habitações de qualidade, priorizando locais com acesso a serviços e saneamento. Considera-se a relação dos moradores com a reciclagem, buscando valorizar essa atividade essencial. A proposta habitacional visa atender às necessidades específicas da população, com foco na dignidade e melhoria da qualidade de vida.
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