• Autor Isabella Palau Figueiredo
  • Ano 2024/2
  • Tema(s)
  • Resumo

    Durante o Carnaval a cidade se transforma, a experimentamos com todos os sentidos, surgem novas e ressurgem antigas formas de apropriação do espaço. Considerando a ideia de corpos errantes, descritos pela arquiteta Paola Berenstein, parte-se do pressuposto que os corpos são guiados pelo tambor, pelo surdo de terceiro. Guiados também pelo acaso, os corpos errantes estão dispostos a deambular pela cidade, a se perder levados pelos batuques nas ruas de Exu, descritas pelo historiador Luiz Antonio Simas, nas ruas labirintos, exploradas pelo pesquisador Victor Belart. Na Cidade Carnaval, varandas viram arquibancadas, passarelas e pontos de ônibus se transformam em palcos e as ruas são dominadas pelos corpos em festa. Este trabalho é uma investigação experimental que tem como proposta desenvolver maneiras de estudar o Carnaval de rua carioca, através de um olhar participante e atuante de quem vive a cidade como foliã, foliã fotógrafa, e estudante de Arquitetura e Urbanismo. Para entender a ocupação da cidade e o Carnaval como um ato político, recorri a sobreposições temporais do Rio de Janeiro, catalogação e seleção de materiais que atrelados às minhas memórias e experiências, me proporcionaram uma leitura não linear. Esses fragmentos provêm de diferentes tempos e campos do conhecimento como a fotografia, a música e a história urbana. Utilizo a fotografia como material investigativo para pensar o Carnaval e o território, e a relação corpo-aparelho. Esse acervo foi organizado em um atlas.


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