"A crise climática e o aquecimento global deixaram de ser apenas projeções e se tornaram realidades do século XXI. Com a construção civil responsável por 39% das emissões de gases de efeito estufa, fica evidente o papel crucial da Arquitetura na busca por soluções para mitigar essa crise. Os desastres socioambientais são consequências diretas dessas mudanças, sendo as enchentes as mais devastadoras. Em 2023, elas foram responsáveis por 53% das mortes registradas e 66% dos prejuízos econômicos, que somaram 23 bilhões de dólares na América Latina. As comunidades mais vulneráveis são as mais impactadas, enfrentando racismo ambiental, falta de infraestrutura e violações do direito à cidade. Diante desse contexto, o trabalho propõe a criação de abrigos emergenciais para desastres climáticos, com foco em enchentes. A proposta reconhece a escassez de soluções urgentes no campo da Arquitetura e do Urbanismo e busca oferecer alternativas eficazes para enfrentar esses desafios."