• Autor Constantino Miguel Ajuz Neto
  • Ano 2024/2
  • Localização -22.5441, -431337
  • Resumo

    O presente trabalho aborda os conflitos entre a ocupação indígena da Aldeia Maraka’nà, aldeamento urbano e o Estádio Maracanã, ambos no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. Trata-se de um território sagrado em disputa pela permanência no terreno do edifício em ruínas do Antigo Museu do Índio, e pelas dinâmicas de funcionamento quotidianas conflituosas com a urbe antropocênica. A questão central parte da crítica à exploração masculina, capitalista e predatória dos recursos naturais. Esses, destinados para produção de cidades que estimulam a “queda do céu”, conforme alerta de Davi Kopenawa (2010) em sua crítica sobre os modelos de desenvolvimento e progresso, daqueles que os Yanomami - com intuição profética e precisão sociológica - chamam de “povo da mercadoria”. Com base em autores, ativistas e na vivência no território, o objetivo é evocar o cosmos da aldeia a partir de uma perspectiva pessoal, resgatando sua trajetória para denunciar sua luta por resistência, valorizar sua potência e criticar metodologias projetuais em arquitetura, urbanismo, paisagismo e design. O trabalho, estruturado em três etapas, busca distanciar-se de um documento alienado: a primeira documenta e denuncia sua história; a segunda apresenta experiências vividas e demandas coletadas; e a terceira propõe soluções projetuais baseadas na confluência de saberes ancestrais e contemporâneos, visando melhorar as condições do território.


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