No Rio de Janeiro, o Carnaval mobiliza milhares de artistas, desfilantes e espectadores durante a festividade, além de gerar empregos e tornar o mês de fevereiro um destaque na movimentação econômica e na arrecadação de impostos municipais. Porém, para além dos dados gerados durante a época do Carnaval, o processo se inicia muito antes dos desfiles e faz parte de um ciclo que se refaz sempre ao fim das apurações. Este TFG de caráter teórico, a partir de pesquisa em dados secundários, observação participante e produção de cartografias interpretativas, vai abordar as territorialidades do carnaval carioca, sob o viés da paisagem cultural. A pesquisa tem como objetivo estudar as relações entre as escolas de samba e seus territórios através dos conceitos de paisagem cultural urbana, temporalidade e territorialidade, respondendo às seguintes questões: qual a relação de temporalidade do carnaval e seu desenvolvimento? Como a presença de uma escola de samba pode modificar a noção de territorialidade e cotidiano no lugar onde está inserida? Como uma escola pode contribuir para o desenvolvimento local de uma comunidade? Para sua elaboração, partiu-se do mapeamento das estruturas das escolas de samba do grupo especial e ouro (quadras, ensaios de rua, barracões e locais de desfile) e da escolha de 2 escolas de samba distintas como estudos de caso, trazendo visitas e experiências pessoais como moradora e frequentadora dos ambientes que serão analisados mais profundamente através dos fragmentos coletados. As escolas escolhidas são G.R.E.S. Estácio de Sá e G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro, pertencentes respectivamente à série ouro e ao grupo especial.