• Autor GABRIELA OLIVEIRA SADOCK
  • Ano 2024/1
  • Coorientador ---
  • Resumo

    O projeto apresentado na “Etapa Consolidar”, etapa final do TFG II, é um pavilhão expositivo inspirado nos biomas do Brasil, explorando, através da Arquitetura, sensações que buscam mimetizar algumas das características desses biomas, como a temperatura, som, texturas e escala. O começo da idealização desse projeto surgiu no TFG I com o desejo de explorar elementos presentes na natureza e traduzi-los de forma arquitetônica. O desafio inicial era entender que objeto serviria como estudo para o projeto final de graduação. Para isso, foram analisados objetos idealizados no conceito de biomimética, sendo eles um vestido impresso em 3d, nomeado “Anthozoa”, idealizado pelas arquitetas Neri Oxman e Iris Van Herpen; um pavilhão nomeado “Totems” que explora materiais de revestimento de fachadas e a melanina, também idealiza- do pela arquiteta Neri Oxman e o Mediated Matter Group; e na escala maior, um estudo realizado com um fungo que cresce de forma eficiente para a captura de comida e como isso poderia ser mimetizado para a criação de linhas ferroviárias mais eficientes. Foi realizado na Universidade Hokkaido e publicado na revista Science. Com o estudo desses objetos, entendi que a melhor maneira de aplicar a biomimética seria através de um pavilhão, pois com ele teria a oportunidade de explorar a criatividade e subjetividade arquitetônica, aplicando a técnica e funcionalidade exigidas pela Arquitetura. No início da concepção do projeto, senti a necessidade de explorar um elemento natural para aplicar o conceito da biomimética, até então o objetivo principal da pesquisa. Queria um elemento que representasse brasilidade e pudesse desenvolver questões em diversas áreas de estudo. Me inspirei, portanto, na Amazônia, pois acredito que seja um elemento forte representativo brasileiro, além de possuir enorme biodiversidade. Surgiu, então, a inspiração nas Vitórias Régias para criar um objeto que flutuasse, sendo uma vegetação que apresenta estudos relacionados a sua eficiente forma de sustentação. Além disso, para criar a ambiência dos espaços, foram estudadas as classificações vegetativas da Amazônia. Ao estudar a implantação do projeto, decidi que seria interessante que fosse temporário e, por ser flutuante, que pudesse ser transportado pela navegação, e assim, conseguiria percorrer o Brasil. Nesse momento, senti que resumir a brasilidade que buscava em meu projeto em um bioma - Amazônia - não era suficiente para os meus objetivos. Com isso, adaptei as estratégias do projeto para que atendesse todos os seis biomas brasileiros. O pavilhão, busca, portanto, transmitir algumas das principais características de cada bioma, sendo divididos em densidade, temperatura e umidade. O espaço provoca o visitante através dessas sensações que são explicadas pelo percurso através de painéis. O objetivo é que seja entendido como as escolhas de um projeto arquitetônico podem definir o conforto pessoal, além de celebrar os biomas brasileiros. Atenta, também, para as questões de finitude do sítio natural brasileiro, e as discussões sociais, econômicas e políticas do meio.


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