A linguagem desempenha um papel crucial na inclusão social e democratização do conhecimento. Assim como aprendemos novos idiomas por meio da prática e exposição contínua, a linguagem técnica da arquitetura deveria ser ensinada e disseminada de maneira acessível. Isso requer uma abordagem didática e inclusiva dos arquitetos, que desmistifique os conceitos técnicos e envolva a comunidade no processo criativo e construtivo. O trabalho propõe uma reflexão sobre a necessidade de simplificação e democratização da linguagem arquitetônica, evidenciando como a arquitetura pode desempenhar um papel ativo na construção de uma sociedade equitativa. Aproximar a prática arquitetônica do público fortalece a função social do arquiteto e promove um ambiente urbano mais justo e acessível para todos. A investigação se desenvolveu a partir de experimentos práticos utilizando um elemento clássico na comunicação de projetos: a maquete física. Workshops, atividades e entrevistas com alunos e funcionários da Creche Mundo Infantil foram realizadas para entender a eficácia da maquete em transmitir o projeto de expansão e revitalização da instituição localizada na Favela Santa Marta, em Botafogo. Neste projeto, a maquete foi utilizada para registrar atividades e desenvolver o trabalho em conjunto com a comunidade.