Resumo
Em uma lógica modernista, onde o progresso é virtude, de modo geral as cidades consolidaram uma abordagem de planejamento urbano com foco em veículos motorizados e investimentos para suas infraestruturas. O projeto urbano costuma se destinar a traçar fluidez ao trânsito, a expandir vias, entre outras ações, ligados a um raciocínio carrocêntrico. Três Rios, município sul-fluminense objeto deste estudo, é um desses exemplos de cidade que no entanto apresenta uma contradição, quando ainda preserva características desta consolidação rodoviarista em um pequeno território, no qual se resolve a vida caminhando. O problema colocado aqui está no favorecimento do automóvel em detrimento do pedestre, usuário pouco lembrado neste dito planejamento urbano. Com base em ferramentas que analisam a qualidade de espaços urbanos sob o ponto de vista do pedestre, assim como investimentos em infraestrutura urbana destinados a melhorar as condições de caminhabilidade em cidades brasileiras, o trabalho pende a explorar alternativas a soluções então empregadas, agora priorizando planejar a mobilidade urbana a partir da ênfase a pedestres e ciclistas.
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