" Duque de Caxias, localizada na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, apresenta-se como um espaço urbano marcado por profundas contradições: a cidade possui elevados marcadores econômicos, figurando entre os municípios com maior PIB do país, em contrapartida, a qualidade de vida na região não condiz com essa riqueza. A população do município ainda convive com a ausência de serviços básicos de infraestrutura urbana. Para entender essa discrepância, se faz necessário investigar o processo de industrialização e desenvolvimento urbano da região, impulsionado principalmente pela instalação de um grande complexo petroquímico e por loteamentos urbanos autogestionados. A ausência de políticas públicas de planejamento urbano associada à existência de uma indústria poluente como a petroquímica fazem com que a cidade seja cenário de inúmeras injustiças ambientais. Nesse sentido, guiada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a proposta de articulação de um sistema de espaços livres surge como alternativa para a mitigação de uma série de problemas enfrentados pela população, sendo os mais latentes a baixa qualidade do ar (consequência da proximidade com a indústria, da baixa cobertura vegetal da região e do grande fluxo de veículos), a falta de acesso a equipamentos públicos de lazer (escassos nas áreas periféricas) e a questão climática (ilhas de calor). "