Resumo
Este trabalho final de graduação identifica a Zona Oeste como território de condições adversas da mobilidade urbana no Rio de Janeiro, potencializado pelo fato de boa parte de seus moradores precisar se deslocar para áreas mais centrais em busca de estudos de qualidade e empregos. Assim, é o ponto de partida dos participantes da pesquisa, que pretende explorar as diversas percepções e sensações de cidade a partir da singularidade de cada pessoa. O estudo tem como foco os percursos rotineiros, entendendo que o deslocamento na cidade provoca diversas experiências a partir do indivíduo que se movimenta. A metodologia utilizada explora o uso da cartografia afetiva como meio de expressão dos desejos (Rolnik, 2011) de cada pessoa, levando em consideração a lente pela qual será produzida, no caso, a pesquisadora. Destaca esse local de potencialidade do encontro, muito defendida por Laila Sandroni e Bruno Tarin (2014), entre sujeito e objeto; aqui entre participante e cidade, entre pesquisadora e cidade, entre participante e pesquisadora, e entre quaisquer outros arranjos entre esses três personagens. Desenvolve estratégias para obtenção dos relatos e ensaia cartografias afetivas para cada participante. Também identifica compreensões de cidade a partir das experiências dos percursos, avaliando de forma positiva o uso da cartografia afetiva como metodologia para leitura do espaço urbano.
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