"Nossa capacidade de ouvir é preciosa. A perda auditiva não tratada pode ter um impacto devastador na capacidade das pessoas de se comunicar, estudar e ganhar a vida. Também pode afetar a saúde mental das pessoas e sua capacidade de manter relacionamentos". (Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS) Atualmente, o debate acerca da acessibilidade vem aumentando, porém a maior parte das pesquisas feitas são relacionadas a deficiências físicas visíveis. A surdez, por ser uma deficiência imperceptível, não possui tanto destaque. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde estima que até 2050, aproximadamente 2,5 bilhões de habitantes, terão perda auditiva. Dados recentes do IBGE mostram que aproximadamente 10 milhões de brasileiros são surdos. No Estado do Rio de Janeiro, são cerca de 165 mil pessoas. Apesar de ser um número expressivo, a inclusão dessas pessoas ainda é baixa e a aprendizagem escolar na infância e adolescência é essencial no desenvolvimento e autonomia das pessoas com deficiência. Pessoas com deficiência auditiva ou pessoas surdas enfrentam dificuldades para entrar em contato com a língua do grupo social no qual estão inseridos (GÓES, 1996) e diante deste cenário, o intuito deste projeto é a criação de um centro de estudos para pessoas surdas e com deficiência auditiva, a ser desenvolvido em um local estratégico próximo a instituições de ensino públicas e privadas, servindo como uma extensão do ambiente escolar, além da oferta do ensino de Libras para a comunidade do entorno e demais interessados.