• Autor Carolina Góes Fernandes da Silva
  • Ano 2021/1
  • Orientador André Cavendish
  • Coorientador Cauê Capillé
  • Resumo

    A atividade da entrega se transformou e expandiu nos últimos anos com os avanços da tecnologia e com a pandemia da COVID-19. O trabalho dos entregadores decorre nos espaços públicos e o longo tempo que passam longe de casa implica na necessidade de desenvolver nas ruas hábitos que antes eram reservados ao privado. A cidade não foi planejada para abarcar esse modelo, assim, a falta de infraestruturas adequadas para que esses trabalhadores reproduzam seus hábitos faz com que eles necessitem se apropriar como possível de espaços públicos existentes. As empresas responsáveis por conectar os entregadores com os consumidores driblam leis trabalhistas e criam uma nova onda de precarização laboral, conhecida como “uberização”. Ademais, a cidade, por não legitimar a natureza da atividade, também contribui para a precarização. Sugere-se a transformação de lugares já ocupados por essa população em espaços de legitimação de seus hábitos, com a proposta de um conjunto de equipamentos que sirvam como apoios para o desenvolvimento dessas atividades. Como esses trabalhadores fazem parte de uma população volátil espalhada pelo território, foi escolhido implementar esses equipamentos a partir de objetos existentes e inseridos na paisagem urbana. Propõe-se o “hackeamento” de mobiliários urbanos, adaptando-os para abrigar novas funções.


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