Resumo
Onde está a Praça Onze? Como evocar aquele importante lugar inscrito na nossa corporalidade, mas que está fora do alcance da visão? Como enxergar a cidade por detrás das camadas de demolições, construções e apagamento? No início do século passado, era o samba de roda, os cultos religiosos, as festas nas casas das tias e o carnaval de rua que preenchiam os cortiços, as ruas e a praça. Através de uma sequência de reportagens, canções, entrevistas, vídeos e imagens de arquivos, o olhar e a narrativa dos corpos pretos que dançaram e dançam no centro do Rio de Janeiro, mais especificamente, na região da Praça Onze e da Pequena África, pretendem trazer à luz reflexões que cruzam questões de “aquilombamento”, territorialidade, cultura e a relação entre os corpos pretos e a construção da cidade. A proposta metodológica do filme como projeto final, reúne os registros do aquilombar do corpo preto através da dança e nos mostra como uma urbanidade paralela se fez necessária e assim foi construída desde a chegada dos trazidos de África até os dias de hoje.
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