• Autor João Guilherme Chierice Panaggio
  • Ano 2020/1
  • Orientador Carlos Feferman
  • Resumo

    O objeto arquitetônico implanta-se na cidade e coloca à prova sua influência, ele é o manifesto do homem na paisagem, usado também como forma de domínio sobre a natureza e também do homem pelo homem. A cidade supera seu caráter de simples território ou espaço livre pronto para ser edificado, abrindo espaço para o experimento do objeto no lugar e seu poder sobre os indivíduos. Concebido à partir do conceitos de caixas que provocam rupturas (aberturas e encerramentos) ao se tornarem objetos autônomos em relação ao lugar e o passado. Formas marcantes e díspares somadas à funcionalidade complexas são a matéria do objeto arquitetônico que coloca-se passível de legitimação e multiplicam-se na cidade moderna que com sua densidade crescente passam a demandar maior intensidade na relação do objeto e meio. O objeto arquitetônico migra-se e através do “locus” variável e diverso tem como matéria o experimento arquitetônico proposto, em uma análise da teoria da arquitetura diante da cidade. A Baía de Guanabara é a matéria deste ensaio, território integrante da cidade da Rio de Janeiro, em seu processo histórico foi considerado como elemento único e agregador, tratando-se hoje de um mosaico de fragmentos que refletem o processo de fragmentação da cidade contemporânea. O sistema criado é baseado na migração do objeto através do seu caráter efêmero e mutação dos espaços e imagem. O objeto migrante ao assumir-se e se colocar na cidade como um objeto arquitetônico, insere-se para ser visto, reconhecido e decifrado.


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