• Autor Vitor Halfen Moreira
  • Ano 2014/2
  • Resumo

    O presente trabalho apresenta uma crítica à suposta centralidade do trabalhador de arquitetura e urbanismo no processo de produção do espaço urbano, através da análise das relações sociais de produção intrínsecas aos grandes projetos urbanos contemporâneos, exemplificado no caso do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Aqui, mais do que um plano estratégico ou diretivo, entende-se este caso como um projeto urbano de grande escala, entretanto, frente às novas formas de organização do trabalho na era da acumulação flexível, a fragmentação do trabalho do projetista avança até limites cada vez mais extremos. Assim sendo, esse projeto encontra-se também extremamente fragmentado. Investigando a forma como se produzem os inúmeros projetos que constituem o Porto Maravilha, através do mapeamento destes e dos agentes envolvidos (técnicos, incorporadores imobiliários, empreiteiras e poder público), além de entrevistas com arquitetos e urbanistas que participam de sua realização, buscamos compreender os limites da atuação deste profissional em face das novas formas de alienação impostas pelo capital. A fundamentação e desenvolvimento teórico do estudo são construídos a partir do método materialista histórico, utilizando como referencial as obras de autores importantes para o campo da arquitetura e urbanismo e das ciências sociais aplicadas como Sérgio Ferro, David Harvey e Henri Lefebvre. As conclusões do trabalho poderão ser materializadas para além do trabalho escrito, lançando mão de ferramentas de representação espacial que evidenciem as consequências dessa fragmentação e alienação do trabalho no espaço da cidade.


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