O projeto consiste em uma nova edificação – albergue privado de interesse sócio-cultural - a ser implantada em dois lotes desapropriados pela Prefeitura, nos quais restam apenas as fachadas, tombadas pelo Patrimônio Histórico Cultural. O terreno tem declive de 9m e, aproximadamente 350 m2. Segue característica de loteamento colonial: estreito, comprido e sem afastamento nas divisas. O acesso é dado somente pela fachada frontal, que faz divisa com a via principal, Ladeira João Homem. Do ponto de vista conceitual e teórico, foi adotada uma postura denominada “arquitetura contemporânea contextualista”– uma corrente que trabalha com citações revisitadas dos elementos existentes. Assim, as principais características morfológicas do entorno foram levantadas para serem reapropriadas no ato projetual. Para tanto, foram pesquisados os aspectos históricos do local, morfologia existente, legislação, analise da tendência de revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro, atualmente em pleno desenvolvimento, bem como o potencial de transformação do entorno, como se observa nas relações entre o programa de habitação temporária (hotel, albergue, etc) e outras regiões pesquisadas.