• Autor Danielle Rocha Afonso Silva
  • Ano 2014/2
  • Resumo

    O bairro de Botafogo foi escolhido por prover fácil acesso de vários pontos da cidade, devido a relevante estação de metrô e às inúmeras linhas de ônibus que o cruzam. Este ainda possui um enorme potencial cultural, histórico e de lazer no âmbito da cidade. No entanto, apesar de possuir tais potencialidades, este apresenta uma grande falha, a falta de áreas de respiro em seu miolo, havendo assim uma escassez de áreas livres de qualidade. A partir deste pensamento foi dado início à pesquisa, de porque não utilizar os terrenos remanescentes do metrô, os quais a partir da lei 2.396 e unido ao decreto de número 98 são de domínio público e devem assim ser usados em prol da população. Infelizmente não é isso que acontece, devido a pressão imobiliária e péssima gestão pública em que a cidade do Rio de Janeiro se encontra, as poucas áreas potenciais para servir de áreas de respiro ao bairro estão sendo vendidas às grandes construtoras, onde passam a ser construídos condomínios residenciais fechados. Com isso, além de não prover o espaço de respiro necessário, acaba por densificar ainda mais o já saturado bairro. Assim, a proposta do projeto visa prover uma centralidade urbana, um espaço público de qualidade para os principais frequentadores do bairro, sendo estes, idosos, jovens e o público infantil. Assegurando uma área de respiro, uma pausa. Para tanto, foram escolhidos a praça Nelson Mandela, afim de requalificar e potencializar o espaço público, e o terreno adjacente, último com fins edificáveis derivado das obras do metrô. O programa a ser implantado no edifício proposto foi desenvolvido para servir a população local, contando assim com uma midiateca voltada para principalmente para o público jovem e infantil. Tal espaço, de cunho público, contará com a implantação de ateliers diversos e dinâmicos, de origem privada, que serão implementados de acordo com a procura do público, sendo estes, espaços de dança, teatro, música, artes e computação. O tratamento do espaço não construído também foi pensado cuidadosamente, visando criar espaços mais livres, ao contrário do que atualmente acontece, devido à grande superfície de muros e grades que circundam a área. Para tanto foram estudados os interstícios espaciais do entorno, afim de ativá-los e integrá-los ao espaço. Tendo ainda os principais fluxos como determinantes do espaço não edificado.


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