Resumo
Este trabalho busca jogar luz à questão habitacional na Zona Portuária do Rio de Janeiro, usando como partida a reapropriação de uma das estruturas efêmeras construídas para as Olimpíadas de 2016 para reconfigurá-la como um edifício de hibridez programática em área do Porto Olímpico. Através do diagnóstico da área, caracteriza-se morfologicamente o lugar em questão e os atores que compõem esse espaço social. Este diagnóstico serve como base para orientar as intervenções na área e no objeto do estudo, de modo que sua vida útil se prolongue em retorno para a cidade. Ao utilizar-se de um terreno que passou por um processo recente de valorização, este trabalho também busca oferecer uma reflexão sobre os modelos de construção de cidade vigentes. O objeto de estudo deste trabalho é o Estádio Olímpico Aquático, dos Jogos de 2016. Aqui busca-se analisar e reconfigurar a estrutura do estádio de forma a oferecer uma oportunidade de recuperação parcial do investimento realizado na construção da arena, que segue deteriorando-se no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O plano pauta-se no esforço de reverter o esvaziamento dos conceitos de arquitetura nômade, revitalização e legado, explorados na promoção dos Jogos Olímpicos e da Operação Porto Maravilha, enquanto age como estruturador de um novo projeto de quadra para um modelo que até então mostra-se ineficaz e esgotado.
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