O local de intervenção foi escolhido a partir da discussão atual sobre habitação de interesse social na cidade e no país. A maioria das implantações vem sendo desenvolvidas em zonas distantes dos centros comerciais, ou seja, em solos mais baratos àqueles que nutrem interesses de investimentos. Em contrapartida, a discussão sobre o empodeiramento do cidadão sobre o solo urbano de maior valor vem sendo posto em evidência e gerando questionamento rigoroso sobre a manutenção das decisões sobre aonde lançar os indivíduos de menor poder aquisitivo. Assim como ao longo da história da criação da cidade, em que as decisões de melhoramento da cidade se utilizavam de remoções e investidas em instalações na periferia. Assim, sendo o Complexo da Maré uma extensa região com dezesseis comunidades, com limites à Avenida Brasil, Linha Vermelha e Baía de Guanabara, a faz um terreno privilegiado. Correspondendo, assim, à questão da habitação de interesse social em solo urbano que promova a correspondência às necessidades de: moradia e transporte. A intervenção projetual segue um encadeamento de ações para, assim, o gerenciamento de tais ações evidenciar cada necessidade a ser atendida dentro de um conjunto maior a ser atendido. Ou seja, a partir das pré-existências buscar ordenar presidindo o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive, a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão adequada das vocações do lugar. São elas, as ações: - Compatibilizar os interesses dos diversos segmentos relacionados com as unidades residenciais; - Propor diretrizes e otimizar a relação com a população do entorno ou interior do conjunto de unidades; - Proteção do meio-ambiente ou a promoção do desenvolvimento sustentável; - Comprovar a realização de atividades de proteção do meio-ambiente ou desenvolvimento sustentável; - Dar suporte físico e logístico à sua administração e à implementação de atividades de uso comum do público, tais como: visitação, recreação e turismo.