Resumo
Poucos lugares do mundo possuem um sistema lagunar tão interessante e extenso no recorte urbano como na Barra de Tijuca, no entanto, o estado de degradação em que se encontra atualmente, além de inviabilizar seu uso para atividades aquáticas, também afasta a população de qualquer interação até mesmo com sua orla. Atualmente os bairros ao redor dão as costas para a lagoa, fazendo com que muitas vezes os moradores se esqueçam da riqueza que existe ali, transformando a situação em uma bola de neve, onde quanto mais as pessoas dão as costas pra lagoa, mais crimes ambientais ocorrem sem fiscalização, tornando o sistema mais poluído. Avaliando este cenário, buscou-se trazer como norteador das decisões projetuais as estratégias e diretrizes de um Desenho Urbano Sensível à Água, tendo como objetivo principais reconectar as pessoas com a água e com a natureza. A possibilidade de usos das lagoas para transporte e atividades é um dos principais meios pelos quais se acredita que a população possa voltar sua atenção para os estado das lagoas, paralelamente beneficiando a mobilidade da região, fazendo com que a população possa de maneira mais enérgica cobrar medidas mais sérias do governo para a recuperação do sistema lagunar. A recuperação do sistema poderia abrir porta também para uma maior exploração turística, trazendo uma valorização ainda maior para a região, beneficiando os moradores e as áreas de lazer ao redor do complexo lagunar. Pensando em todos esses fatores, unidos a chegada ao bairro do sistema de metrô, conectado com o BRT, foi enxergada a grande chance de criar um novo sistema de integração com o transporte hidroviário por balsas, visando também, através da criação de um parque nesse ponto de convergência dos modais, incentivar a criação de novos espaços púbicos nas orlas do sistema lagunar da Barra através de um desenho urbano sensível à água.
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Midiateca FAU/UFRJ 2019 ® | Todas as imagens protegidas por direitos autorais.