Resumo
Os fundos do mundo na Guanabara propõe repensar a maneira de projetar parques urbanos. Com um olhar sensível e atento, o projeto de parque em Tubiacanga, na Ilha do Governador, busca associar o lazer à responsabilidade ecológica ao reconhecer o estágio avançado de degradação do meio ambiente no entorno da Baía de Guanabara. Tubiacanga faz fronteira entre a Baía e o aeroporto internacional. Lá existe uma vila de pescadores artesanais e uma área de manguezal que resistem na zona de maior poluição das águas da Baía de Guanabara. Os primeiros estudos do lugar foram feitos através da narrativa pessoal e ilustrações que narram a realidade vivida pela comunidade local e que vem resistindo juntamente com o manguezal, ao antropoceno. Como centro educativo, foram propostos espaços voltados para a produção de materiais, pesquisas e ações que busquem a recuperação das águas da Guanabara e dos manguezais, tão importantes, que a cerceiam. Valorizando as atividades de pesca artesanal da comunidade local, foram projetadas ecobarreiras que impedem que resíduos sólidos cheguem às margens do manguezal, requalificando os berçários naturais para diversas espécies de animais e incentivando o desenvolvimento espontâneo da vegetação existente. Para a produção do projeto do parque foram feitas diversas visitas ao território no intuito de entender as diversas questões e atividades presentes e assim, elaborar soluções que atendessem às necessidades locais, pensando tanto na busca pela requalificação e recuperação do manguezal e na divulgação da conscientização ambiental, quanto no incentivo às produções da população local.
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