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Parque no CAJU

Natalia Carreiro Manólio
Período: 2018/2
Orientador(a): Rafael Hanzelmann Teixeira Bastos
Coorientador(a): Andre Orioli Parreiras

Diversidade e Mistura, Mudanças e Emergências

Pranchas em panorama Plantas

Resumo do projeto

Desmistificar o imaginário social a respeito dos equipamentos cemiteriais surge como intento à investigação dos espaços da morte frente ao contexto urbano. Dessa maneira, vale mencionar que a reflexão acerca das possibilidades do habitar deste patrimônio cultural tangencia o processo morfológico de urbanização da cidade do Rio de Janeiro em seu processo de expansão e aglutinação dos núcleos urbanos centrais.

Ao território carioca do Complexo Cemiterial do Caju, conjunto de necrópoles dissociadas do contexto de inserção, apresenta-se um projeto de Parque. Reunir pessoas e eventos é estímulo para pontuar um refúgio ao luto e ao júbilo: o lamento, a troca de memórias e o ócio encontram lugar sob um cenário improvável de complacência.

Contíguo ao contexto urbano, o Parque no Caju apropria-se de terrenos ociosos adjacentes aos cemitérios do Complexo, além de incorporar áreas denominadas “quadra rasa”, inerentes ao Cemitério Público São Francisco Xavier. Tais áreas de intervenção corroboram a um plano master de novas espacialidades, como uma pulverização de manchas em fragmentação ao tecido existente passíveis de abrigar programas multiformes, de interesse interdisciplinar - de arqueologia à teologia.

Para desfrutar das circunstâncias e nuances que coabitam o cemitério, sem omitir o desenho das preexistências, aplica-se o exercício da justaposição de malhas. Esta procede do reconhecimento dos eixos e fluxos cemiteriais (ad orientem) em alinhamento à proposta de fruição do tecido sob orientação de eixos Norte-Sul -, favorecendo assim os potenciais programas e ambiências passíveis ao território-Parque, onde as temáticas se convergem a questão norteadora: presença/ausência, eternidade/passagem, íntimo/coletivo.