A cidade do Rio de Janeiro vem passando por significativas transformações urbanas, grande parte delas devido aos megaeventos que aconteceram nos últimos anos. Esses novos investimentos se mostram altamente seletivos e excludentes. Nota-se que os agentes responsáveis pela produção do espaço, o poder público e a iniciativa privada, demonstram pouco interesse pela macrozona de ocupação incentivada e principalmente pelo subúrbio ferroviário, o que se mostra contraditório devido ao alto investimento (mais de dois bilhões de reais) na infraestrutura e modernização da ferrovia. O trabalho tem como questão restituir o alto investimento público na linha férrea, propondo novas soluções que revertam o forte processo de esvaziamento da região. Propõe o estudo dos espaços livres como âncoras ativadoras, em um sistema que atenda às demandas da população, induzindo os atuais proprietários e comerciantes a valorizar suas edificações e atraindo futuros investidores. Em paralelo busca alternativas no que diz respeito à legislação e suas proposições, apresentando possibilidades de adensamento populacional que sejam atrativas aos investidores, mas que não só atendam ao interesse do mercado, e sim proporcione qualidade urbana e ofertas de espaço público. É fundamental ocuparmos de forma adequada uma região dotada de ampla estrutura de transportes.
