• Aprendendo com o Rio de Janeiro: modernização dependente e a expressão obscena da paisagem carioca na pós-modernidade retornar à pesquisa
  • Autor Izabela Caroline Schaus Abreu
  • Ano 2022/1
  • Resumo

    Aprendendo com o Rio de Janeiro propõe uma crítica à produção arquitetônica realizada durante a Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha - as torres corporativas – relacionando-a ao conceito de paisagem obscena formulado a partir da obra O Lugar da Arquitetura Depois dos Modernos da filósofa Otília Arantes, e às teorias produzidas na periferia do capitalismo que observam a produção do espaço periférico. As formulações aqui traçadas são decorrentes de um processo de investigação interdisciplinar crítico sobre o mito de cidade global nas cidades periféricas e no contexto das dinâmicas de “abstração na produção cultural pós-moderna” (JAMESON, 2001, p. 173), formulada a partir de seu espectro imagético, tendo em vista que a aparência de uma cidade “(...) e o modo como os seus espaços se organizam formam uma base material a partir da qual é possível pensar, avaliar e realizar uma gama de possíveis sensações e práticas sociais” (HARVEY, 1992, p. 69). Aprender com o que nos indica o caso específico do Rio de Janeiro, diferente do que procurava Venturi aprender com Las Vegas, é urgente diante da necessidade de identificação, organização e historicização de fenômenos que possibilitem uma leitura totalizante das consequências espaciais da condição incompleta das metrópoles latinoamericanas (SANTOS, 2005), além de essencial para estabelecer parâmetros possíveis ao desmanche do pensamento único das cidades.


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