Nos últimos anos tem-se observado um aumento de denúncias nos casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres. Segundo dados do Dossiê da Mulher, no estado do Rio de Janeiro, 15 mulheres foram vítimas de violência por hora no ano de 2019. Destes casos, há uma predominância de ocorrências na região da Baixada Fluminense. Neste contexto de vulnerabilidade da mulher, destacam-se as Casas-Abrigo, equipamentos públicos importantes para garantir a segurança e para dar condições para o restabelecimento de uma vida normal às vítimas. Apesar do aumento da demanda por acolhimento à mulher, no estado do Rio de Janeiro, existem somente 3 Casas-Abrigo, caracterizando uma capacidade pequena de acolhimento. O presente trabalho tem como objetivo principal propor, através de uma pequena contribuição arquitetônica, o projeto de uma Casa-Abrigo na Baixada, visando auxiliar uma demanda social existente e, acolher, de forma mais eficiente e humana, as diferentes necessidades que podem surgir com as singularidades das situações de cada vítima e seus dependentes. Ao fornecer esse equipamento, o projeto auxiliará na mitigação da carência de vagas no estado e fornecerá apoio a outros serviços existentes da rede de atendimento à mulher da Baixada. É importante ressaltar que, a mulher, vítima de violência grave, não deve ser mandada de volta para sua residência para permanecer, muitas vezes, ao lado de seu próprio agressor por falta de assistência adequada e, como consequência, correr risco de vida.